29 de março de 2015

Tokyo Disneyland 東京ディズニーランド



(Fonte)

Com certeza muitos de vocês já tiveram vontade de ir (ou já foram) para a Disneyland, nos EUA, um dos parques temáticos mais visitados do mundo o/

O Japão, no entanto, tem a sua própria Disneyland: a Tokyo Disneyland, localizada na província de Chiba. Ela foi o primeiro parque da Disney construído fora dos EUA e foi inaugurada em 15 de abril de 1983. Sua construção foi espelhada no parque original Disneyland, com praticamente as mesmas atrações e apenas algumas pequenas diferenças.

 
Tokyo Disneyland (Fonte)

Há um total de sete áreas temáticas no parque: World Bazaar; os quatro "lands" clássicos da Disney: Adventureland, Westernland, Fantasyland e Tomorrowland; e as duas "mini-lands": Critter Country e Mickey's Toontown.

A maioria das atrações do parque, assim como na Disneyland original, são baseadas nos filmes da Disney. Uma das características marcantes do parque são as suas extensas áreas livres, para acomodar a grande multidão que vai visitar o parque todos os anos. Em 2013, a Tokyo Disneyland acomodou 17,2 milhões de visitantes, se tornando o segundo parque temático mais visitado do mundo.


O Castelo da Cinderela é o ícone da Tokyo Disneyland (Fonte)

O parque ainda faz grandes investimentos nas suas instalações, e atualmente está em andamento um projeto que irá dobrar o tamanho da área central e inaugurar um sistema de cozinha, com novas opções de restaurantes. Esse investimento será o maior feito pela Tokyo Disneyland até agora, de aproximadamente ¥500 bilhões. Estima-se que o projeto será concluído dentro de 10 anos, mas algumas atrações já devem ser inauguradas em 2017.

Para saber de mais informações, acesse o site oficial da Tokyo Disneyland.


Mapa da Tokyo Disneyland (Fonte)

Aki

26 de março de 2015

Gorjetas no Japão


Moedas e notas de yen (Fonte)

Como você talvez já saiba, o fato de ser oferecida ou não a gorjeta e sua quantidade variam muito de país para país. Aqui no Brasil, o hábito de dar gorjeta não está enraizado na sociedade (exceto pelos 10% inclusos na conta do restaurante), enquanto nos Estados Unidos é praticamente uma obrigação dar a gorjeta de pelo menos 15% na maioria das situações.

No Japão, no entanto, é totalmente diferente: a gorjeta não é algo comum e pode ser considerada uma desonra. Para os japoneses, é uma honra poder atender o seu cliente bem, portanto oferecer uma gorjeta por causa disso é considerado um ato rude. Na maioria das vezes, a gorjeta é recusada e devolvida imediatamente.

Inclusive, caso você deixe uma gorjeta para o garçon em cima da mesa do restaurante, é capaz de ele ir atrás de você na rua e te devolver o dinheiro ~

Alguns dos poucos no Japão que aceitam gorjetas são os guias turísticos, mas eles nunca as esperam. Além disso, algumas vezes pode-se arredondar a corrida de táxi, mas alguns deles podem recusar o dinheiro extra.

Caso queira agradecer alguém por um serviço prestado, a melhor maneira seria entregar à pessoa um pequeno presente, de preferência algo comestível como uma caixa de chocolates.

Aki

20 de março de 2015

Gyudon 牛丼


O tema de hoje é uma comida japonesa que se tornou muito popular entre a massa assalariada, por ser um prato rápido de se fazer e relativamente barato: o Gyudon ~


Gyudon tradicional (Fonte)


O Gyudon é um prato japonês que consiste em uma tigela de arroz coberta com fatias finas de carne e cebola, em um molho levemente adocicado feito com dashi (feito com algas e peixe), shoyu e mirin (um tipo de vinagre de arroz doce). Outros ingredientes, assim como shirataki (um tipo de macarrão), tofu, gengibre curtido e ovo também podem ser adicionados.

O próprio nome "Gyudon", inclusive, representa o prato: Gyu significa carne bovina, enquanto Don é uma abreviatura de donburi (um tipo de tigela japonesa).



Gyudon com shimeji (Fonte)

Esse prato começou a se tornar popular a partir do Período Meiji, época em que o Japão passou a consumir mais carne bovina devido à influência ocidental. Acredita-se que sua origem pode ter ocorrido a partir de outros pratos como o Sukiyaki e o Gyunabe, nos quais finas fatias de carne eram cozidas com legumes e verduras e depois servidas sobre o arroz em uma tigela.

O sucesso mesmo do Gyudon, no entanto, veio entre o Período Taisho e o Período Showa, quando esse prato passou a ser vendido a um preço bem popular em carrinhos de rua em bairros movimentados de Tokyo. Assim, o Gyudon logo se tornou um grande sucesso entre a massa assalariada japonesa.

O Gyudon pode ser encontrado em muitos restaurantes japoneses e existem algumas cadeias de fast food especializadas no prato, como Yoshinoya e Sukiya. Outra grande rede, o Matsuya, oferece o prato sob o nome Gyumeshi.

Gyudon com molho de tomate e queijo (Fonte)

Aki

15 de março de 2015

Clubes na escola e na faculdade


Clube de música no anime K-On! (Fonte)

Em muitos animes é possível observar que nas escolas e faculdades japonesas há várias atividades que não estão na grade curricular, incluindo diversos tipos de esporte, música, arte, etc.

Ao entrar em uma escola, o aluno pode escolher qualquer uma dessas atividades extras, de acordo com o seu interesse. Assim, ele entra em um clube, juntamente a pessoas interessadas em praticar essa mesma atividade.

As atividades são realizadas após o período escolar, normalmente entre as cinco e as sete da tarde, em salas vazias na escola ou em uma quadra que não está sendo utilizada.


Clube de baseball no anime Little Busters

À medida que o tempo passa, esses clubes começam a ficar mais rígidos e sérios, aceitando apenas pessoas com um certo nível. Para aqueles que desenvolvem um interesse mais tardio por alguma dessas atividades, há os "circles". Nesses grupos, as atividades visam iniciantes ou pessoas que a praticam apenas por hobby.

Ao mesmo tempo que esses clubes ajudam a desenvolver outras habilidades dos alunos, também é uma forma de desenvolver amizades, se encontrando regularmente com colegas com o mesmo interesse.

Alguns dos principais clubes que é possível encontrar nas escolas e faculdades são: música (como clássica, contemporânea ou tradicional japonesa), clubes de línguas, artes tradicionais japonesas (como kimono, chá, arranjo floral, caligrafia japonesa), artes (como teatro, pintura, dança e fotografia), relações humanas (como história, filosofia, política e sociologia), trabalho voluntário e esportes (como karate, judô e baseball).


Clube de literatura no filme Kokuriko-Zaka Kara

Aki

12 de março de 2015

Shōgi 将棋


Shōgi (Fonte)

O shōgi, pode-se dizer, é a versão japonesa do xadrez. Ao contrário do ocidente, onde a maioria dos países tem praticamente as mesmas versões do jogo de xadrez, no oriente há várias versões tradicionais do jogo. Alguns exemplos são o Xiang Qi na China, o Makruk na Tailândia e o Jonggi na Coreia.

O tabuleiro utilizado no shōgi tem o formato levemente retangular (em que o comprimento é ligeiramente maior que a largura) e suas casas são todas da mesma cor. Divide-se o tabuleiro em nove colunas e nove linhas, totalizando 81 casas, que são demarcadas por uma fina linha preta.

Nos campeonatos existem graduações para os jogadores, através de um sistema que se assemelha ao das artes marciais. Para cada graduação existe um tabuleiro específico, sendo que para os iniciantes o tabuleiro é de 12 casas (4x3) e o dos mestres é de 169 casas (13x13). Há tabuleiros maiores também para jogos em equipe.


Shikamaru jogando shōgi no mangá Naruto


Quanto às peças, são todas da mesma cor e mesmo formato. As peças se diferenciam pelas inscrições em japonês nas partes superior e inferior, conforme a peça esteja ou não promovida.

Cada jogador começa o jogo com 20 peças iguais às do outro jogador, diferenciadas pela direção que elas apontam sobre o tabuleiro. Isso ocorre porque quando capturada uma peça do adversário, pode-se utilizá-la junto às suas próprias peças.


Peças de shōgi (Fonte)

Diz-se que o xadrez foi introduzido no Japão no Período Nara (710-794). No entanto, se isso for verdade, seria uma forte evidência contra a origem indiana (chaturanga) do xadrez japonês, pois seria improvável que o chaturanga pudesse ser inventado na Índia no ano de 650, chegado até a China e depois ao Japão em apenas cem anos.

Além disso, são tantas as diferenças entre o xadrez japonês e o xadrez chinês que especialistas no Japão não acreditam que ele tenha vindo diretamente da China ou da Índia, ou mesmo da Coreia. Ao contrário, eles supõem que o processo evolucionário durou muito mais tempo, certamente muitas centenas de anos.

Se você está interessado em ver como se joga shōgi e não entende os ideogramas japoneses, uma boa opção é dar uma olhada neste site ^^

Aki

8 de março de 2015

Filmes do Studio Ghibli - Parte 5


A Família Yamada (Hōhokekyo Tonari no Yamada-kun)




"A Família Yamada" foi o primeiro filme do Studio Ghibli a ser animado inteiramente pelo computador, criado para se ter a sensação de estar lendo tirinhas de jornal. O filme mostra o cotidiano da família Yamada, composta por Takashi (o pai), Matsuko (a mãe), Shige (a avó), Noboru (um garoto de 13 anos), Nonoko (uma garota de 5 anos) e Pochi (o cachorro da família).

A história é dividida em quadros curtos, cada um focando em algum ponto interessante do cotidiano da família. As situações apresentadas tratam-se de problemas que podemos ver em nosso cotidiano, como a exigência dos pais para que o filho estude mais, a mãe que não quer ser tratada como uma empregada, o pai que chega cansado demais do trabalho e tem que acordar cedo para uma reunião de negócios, o adolescente passando por crises existenciais, os pensamentos inocentes da criança…


Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka)




A história se passa durante o período da Segunda Guerra Mundial, no Japão. O pai de dois irmãos, Seita e Setsuko, é convocado para defender o país na guerra e a mãe falece queimada em um bombardeio de aviões norte-americanos.

As duas crianças se encontram sozinhas no mundo, lutando para sobreviver em meio à pobreza e à miséria que tomam conta do país. Fome, doenças e a falta de sensibilidade das outras pessoas são elementos presentes em todo o percurso percorrido pelos irmãos.

Confira também:

Sobre o Studio Ghibli
Filmes do Studio Ghibli - Parte 1
Filmes do Studio Ghibli - Parte 2
Filmes do Studio Ghibli - Parte 3
Filmes do Studio Ghibli - Parte 4

Aki

5 de março de 2015

Inarizushi 稲荷寿司


Inarizushi (Fonte)

O inarizushi é um tipo de sushi recheado com arroz dentro de "saquinhos" de tofu frito ^^

Ele foi inventado em 1848, por um chefe em Tokyo, que anunciou sua criação com o emblema do tempo da deusa Inari. O tofu frito é considerado a comida favorita das raposas, que segundo a tradição japonesa são mensageiras da Princesa Ugatama, a deusa japonesa do arroz. De acordo com a lenda, uma raposa macho branca e uma raposa fêmea marrom fizeram seus abrigos perto do templo dedicado à deusa Inari, e foram considerados mensageiros da deusa do arroz.


(Fonte)

Esse primeiro templo, dedicado à deusa Inari, foi construído na cidade de Fushimi, em Kyoto. Segundo a lenda, no início do século VIII, um nobre lançou uma flecha em direção a um alvo, que era um pedaço de mochi. Esse, por sua vez, se transformou em um lindo cisne, que voou em direção ao Monte Inari, em Kyoto. 

Por causa desse acontecimento, foi construído na região um templo xintoísta dedicado à divindade, que foi chamada de Inari. No início, a deusa Inari era considerada a protetora dos alimentos (ou da agricultura) e era venerada pelos agricultores.


(Fonte)

Inarizushi de Totoro (Fonte)

Aki

2 de março de 2015

Hinamatsuri (Dia das Meninas) 雛祭り


Hinamatsuri (Fonte)

No dia 3 de março ocorre o Hinamatsuri, conhecido também como Hina no Sekku. O Hinamatsuri simboliza o Dia das Meninas e, por ocorrer em uma época em que desabrocham flores de pessegueiros, é também chamado de Momo no Seku (Festival do Pêssego).

Nesse dia, as famílias comemoram o evento em suas casas, desejando prosperidade, felicidade, saúde e sorte para as meninas. Uma das principais características desse dia são as bonecas que são expostas em um altar duas semanas antes, as Hina Ningyō. 


Hina Ningyō (Fonte)

Geralmente, há no mínimo 15 bonecas vestidas à moda da corte imperial do período Heian (794-1185), representando a sociedade japonesa da época. Também são incluídos nos altares objetos relacionados à corte imperial, tornando o conjunto mais completo e realista.

As Hina Ningyō são colocadas sobre expositores especiais de 7 degraus decorados com seda vermelha, seguindo a hierarquia: primeiramente o Imperador e a Imperatriz, seguidos pelas damas da corte, os músicos, os ministros... 

De acordo com a crença japonesa, além de serem artigos de decoração, as bonecas possuem o dom de espantar maus espíritos, doenças, infortúnios e má sorte. No entanto, devem ser guardadas imediatamente após o Hinamatsuri, pois caso contrário diz-se que elas demorarão para casar.

No dia do Hina Matsuri, a menina convida seus amigos para um chá na frente das bonecas, ocasião em que ela serve o Hishimochi (bolo de arroz doce) e o Amazake (bebida de arroz fermentado sem ou com pouco teor alcoólico). Outra comida tradicional é o Hina Arare (biscoitos à base de arroz e soja fermentados com açúcar colorido).

Hina Arare e Amazake (Fonte)

Durante o Hinamatsuri, há uma música muito cantada pelas crianças, chamada "Ureshii Hinamatsuri". Veja o vídeo da música abaixo:




Aki